O Bypass Gástrico é um dos processo cirúrgico para perda de peso actualmente usado em Portugal, em quase toda a Europa é o mais utilizado por, alegadamente, ser mais eficaz e ter menos riscos. Aqui em Portugal ainda usamos muito a Banda Gástrica. Seria bom que as cirurgias para perda de peso não trouxessem riscos a quem se sujeita a este tipo de intervenção, mas tal como outras, eles existem e, neste caso concreto, acrescidos das específicas consequências pós - cirúrgicas. Numa pesquisa feita em sites de clínicas portuguesas, além do contacto directo com doentes, em Portugal, parece que só há vantagens: "O bypass gástrico em Y de Roux associa um componente restritivo importante a uma alteração da digestão/absorção mais ligeira do que a dos procedimentos indutores de mal absorção. No bypass gástrico em Y de Roux é criada uma pequena bolsa gástrica, com 15 a 30 ml de capacidade, que tem como objetivo limitar de uma forma importante a capacidade de ingestão. Esta bolsa é ligada ao intestino delgado na região do jejuno, ultrapassando assim apenas o duodeno, pelo que a acção das secreções pancreática e biliar é impedida, embora a extensão de intestino delgado afastada do processo de digestão/absorção seja substancialmente inferior à das técnicas indutoras de mal absorção. O bypass gástrico em Y de Roux tem como efeito secundário intencional a síndrome de Dumping, sendo assim desencorajada a ingestão de alimentos com elevado teor de gordura e açúcar, que provocam sintomas desagradáveis. Uma vez que a bolsa gástrica é de dimensão muito reduzida torna-se bastante importante o volume (cerca de metade de uma chávena de chá) e a frequência das refeições (quatro a seis por dia). Os alimentos devem ser tomados em pequenas porções, espaçados de alguns minutos, perfeitamente mastigados e engolidos lentamente. A ingestão rápida ou de quantidades excessivas pode resultar em desconforto ou vómitos. Os resultados deste procedimento são muito bons, sobretudo quando comparados com os dos procedimentos puramente restritivos. Por outro lado, o comprometimento da absorção de microelementos essenciais é mínimo e o da absorção de proteínas é nulo; aconselha-se, contudo, uma suplementação vitamínica vitalícia. (...) As vantagens desta intervenção cirúrgica incluem: - possibilidade de realização por via laparoscópica; - mais eficaz na redução de peso do que os procedimentos restritivos; - mais eficaz na redução ou eliminação das comorbilidades, sobretudo diabetes e hipertensão arterial, do que os procedimentos restritivos; - não é causa de carências nutricionais graves, nomeadamente, carências proteicas; - não é causa de efeitos secundários como diarreia, flatulência ou fezes com cheiro fétido; - não implica qualquer ressecção gástrica, sendo assim reversível - não exige a colocação de um corpo estranho na cavidade abdominal." Por contraste, nas clínicas americanas podemos encontrar, além das vantagens e relatos na primeira pessoa de histórias de sucesso, toda a informação que permite que os pacientes só se sujeitem à cirurgia depois de completamente conscientes de todo o processo em que se irão envolver: "Se está a considerar uma cirurgia de bypass gástrico, é importante que compreenda os riscos envolvidos. Se se decidir pela cirurgia, ser-lhe-á pedido que assine um documento em que atesta que tomou conhecimento dos riscos que corre. É incentivado a fazer as perguntas que entender quando for à consulta. Alguns dos riscos são os seguintes: - hemorragias; - infeções; - posteriores cirurgias para corrigir complicações ou remover excesso de pele; - pedras na vesicula resultantes de uma significativa perda de peso num curto espaço de tempo; - gastrite (inflamação da parede do estômago); - vómitos por comer mais do que o estômago comporta; - deficiências de ferro e vitamina B12 (se ocorrerem) podem provocar anemia; - deficiência em cálcio (se ocorrer) pode contribuir para o desenvolvimento de osteoporose precoce ou outros problemas ósseos. Há menos risco de posteriores cirurgias se o bypass gástrico for efetuado por laparoscopia. Uma complicação comum do bypass gástrico é a "síndrome de Dumping" (repare que para os americanos é uma complicação...). Os sintomas incluem frequentemente: - náuseas e vómitos; - diarreia; - sensação de inchaço; - tonturas; - suores; Pode minorar os sintomas se seguir rigorosamente as indicações dietéticas, especialmente durante os primeiros dois meses após a cirurgia. As estatísticas demonstram que 1 em cada 300 doentes morrem devido à cirurgia de bypass gástrico. As pessoas que sofrem de obesidade mórbida podem ter outras situações médicas igualmente graves, relacionadas ou provocadas pelo excesso de peso. Quanto maior for o IMC (índice de massa corporal), maior será a probabilidade de existirem outros problemas clínicos. Um outro fator de risco é a idade, que apesar de aumentar a necessidade da cirurgia, acarreta também um risco maior. Qualquer procedimento médico que envolva seres humanos e reações a stress, trauma, drogas e outros, causa ou poderá causar imprevisíveis resultados negativos. O bypass gástrico apenas deve ser considerado depois de muitas tentativas de dietas e exercício terem falhado, lembrando que quer a dieta quer o exercício físico serão necessários antes e depois da cirurgia." |
domingo, 24 de fevereiro de 2013
Bypass Gástrico em Y de Roux
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário